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Sua música consegue espaço fora do Brasil?

 

No momento em que muita gente quer saber qual é o futuro do novo mercado local após a pandemia, vale ressaltar que o mundo globalizado permite maior interação digital mundial do que nos tempos remotos.

Nos anos 80 e 90 as bandas de metal brasileiras, por exemplo, se guiavam pelo fenômeno Sepultura – querendo alçar vôos internacionais e, para isso, cantando em inglês e mandando material demo para selos gringos. O maior problema dos indies nessa época era a distribuição de discos. Isso foi resolvido e superado com a internet. Mas agora existe um problema maior, que é o deslocamento humano e a experiência ao vivo – principalmente em época de Covid.

Atualmente, além da qualidade artística e técnica, originalidade e carisma, também é preciso mostrar o material para o maior número de especialistas daquele gênero. No mundo.

Faça uma lista dos blogs mais lidos de cada país. Se você faz bossa nova, já sabe que há mercado no Japão, por exemplo. Em Portugal já sabemos que a língua aproxima, mas não há demanda tão grande, exceto em eventos especiais e importados para lá. Assim podemos observar onde dá para angariar mais fãs e traçar uma estratégia digital de baixo custo, mas que pode surpreender.

Sempre digo isso. É importante você registrar suas obras em uma editora, se for autor, e tornar-se produtor fonográfico de suas gravações. Até mesmo para licenciá-las para uso por um selo, major ou distribuidora. Precisa estar associado ao ECAD através de uma associação arrecadadora. Caso contrário sua música não será monetizada na cadeia produtiva da indústria. Isso significa que se for feito uso comercial de sua obra ou fonograma em qualquer lugar do mundo haverá um controle e relatórios, talvez até lucro significativo. O primeiro passo é profissionalizar a existência da obra e da gravação, naturalmente. E divulgá-la. Para isso temos uma editora, a Astronauta Publishing (administrada pela Warner Chappell) e você, autor e compositor, pode entrar em contato conosco no email astronauta.discos@gmail.com

É lógico que é preciso sempre melhorar os direitos para os titulares, com leis e ações, e sabemos que bens imateriais não precisam de fronteiras para circular. Mais de 20% dos streams do mundo são da América Latina. A rapidez do mercado digital elimina intermediários como fábrica e distribuição física.

Há tempos que o mercado cultural virou indústria, a partir da cultura americana que transformou tudo em entretenimento. E agora em megabytes. O aumento no consumo de música é irreversível, o reposicionamento das majors já aconteceu, os grandes empresários já contam com a live patrocinada para reduzir os danos da Covid-19 e a valorização das experiências ao vivo será muito maior depois. O futuro será música feita à distância, porém emulando a vida real. Por isso estamos em parceria com o aplicativo LiveDub e você pode conhecê-lo já.

Daqui, a nossa missão é igual. Vamos continuar acreditando e produzindo material de qualidade até que ele siga sua vocação, seja indie ou mainstream.

Até a próxima viagem. 

Cuidem-se e #fiqueemcasa

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