Olá povo da música e quarenteners. Como vai a prevenção para não pegar o Coronavirus? Espero que muito bem! Apesar de estarmos vivendo um momento delicado e único na história da humanidade, de impacto inédito na economia global, temos que seguir até onde for. Não se deprima!
Cada um tem um limite pessoal pra socializar, pra se enclausurar, enfim. Mas a resistência é o mote do momento, tal e qual nas Guerras Mundiais que não vimos pessoalmente. Os movimentos físicos estão temporariamente restritos e o tamanho da situação nos faz refletir – tal e qual a gente fica após sofrer um acidente, não sei aí quem já sofreu, mas eu já. Então haja resiliência e criatividade para o artista nessa hora, mas também para o público e fã consumidor.
Artistas e produtores, que tal usarmos os blogs, podcasts, instagram, whatsapp, telegram, facebook, linkedin, twitter, skype, hangouts, zoom… todo o mundo virtual? E fãs, que tal seguirem e multiplicarem? Tá valendo apoio através de ações de incentivo financeiro direto (PayPal e PicPay) ou coletivo (Catarse, Kickante, Vakinha, Apoia.se), desde que a roda continue girando. Temos que elogiar aqui as empresas, coletivos e artistas que criaram shows em seus canais. Procurem saber. A música e o show não podem parar!
Vale a pena resgatar conteúdos, reprocessá-los e reapresentá-los. Revisar, reler, estudar novamente, republicar, relançar, reeditar, confirmar e ampliar os seus conhecimentos. Convide seu fã para lhe ouvir mais nas plataformas, faça pequenos vídeos pra ele, lives no seu celular (todos queremos estar vivos e presentes!) e, por ora, não se preocupe muito com a qualidade técnica e sim com o conteúdo. Sairemos transformados deste experimento social.
A venda de seu merchandising também pode ser aquecida, caso você tenha pra vender em sua lojinha CDs, vinis, patches, bottons, posters, camisetas, postais – como era usual nos anos 70 e 80 e a galera mais vintage, aqui e no exterior, curte muito! Se você conseguir que os Correios entreguem, é uma boa. Separados e juntos, quando o menos é mais!
O Ministério da Cultura, desde o Fora Temer até hoje, está nas mãos do palhaço do pum. Sem previsões para melhorar e beneficiar novos artistas da música. Portanto, sem turnês, shows em barzinhos ou grande estádios. Nosso mercado já era difícil, ficou um pouco mais complexo temporariamente! A principal renda desta cadeia produtiva são as apresentações ao vivo, suspensas, então o que nos resta fazer a não ser nos reinventar enquanto produtores, diretores, beatmakers, músicos, DJs e artistas? Tudo terá que ser repensando após a pandemia, então mergulhe nas redes sociais enquanto isso. Faça playlists divulgando seus amigos artistas independentes, participe de iniciativas que os apóiem.
Siga a receita musical do Gilberto Gil para se reinventar em tempo de crise. Refazer toda a guariroba, como na letra de “Refazenda”. Se refazer é se reinventar.
Faça um inventário do que deu certo, o que não deu, parta para a análise de ambos e se joga no mundo novo que vem aí. O mundo que tínhamos acabou, mas teremos o Mundo 2.0. Quando alguma coisa vai sempre outra coisa vem. Vai e vem. O Mundo 2.0 é aquele que, além de virtual, promete ser mais humanista. Mais lúdico e musical. Eu acho que quem se reinventar e sair na frente, com a cara do mundo moderno que vem por aí, vai se dar bem na vida. Fica a dica.
20.03.2020 – Ano novo astrológico