Algumas vezes, no oficio de jornalista, entrevistei o Gilberto Gil. Uma delas ele era Ministro da Cultura. Foi na inauguração do Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói. No meio do bate papo, cercado de pessoas da cidade e outros jornalistas, eis que me toca o celular. Eu tinha esquecido de desligar! Mas mutei rapidamente e segui, enquanto geral me olhava como um ET. E também fiz uma pergunta que soou como “baseada em sua gestão” e ele mui educamente me deu um pito, hahaha, dizendo que era uma política cultural social, e não de um governo especifico. Nos dias de hoje, vale a pena ouvir de novo. E ainda temos palavras do mestre Oscar Niemeyer. Clique aqui!
Mas voltando ao que interessa: a entrevista foi boa, como sempre. Gil sempre foi articulado, culto e muito vanguardista. Sua obra e seu comportamento falam por ele mesmo! E ai teve também uma outra vez que entrevistei o Gil lá no AfroReggae, quando o grande jornalista Ricardo Alexandre era editor da Revista Bizz (um clássico do jornalismo musical brasileiro, publicada na época pela Editora Azul, mas que já tinha sido anos e anos (e criada) na Editora Abril. Tá. Mas aí eu encontrei o Gil lá no meio de outras pessoas, Luciano Huck, Regina Casé, e ele sempre solicito – estava ao lado do Marquinhos, que trabalha com a Gilda Mattoso, ambos produtores e assessores de Gil, por décadas!
Estes dias vi Gil no Canal Brasil no programa novo dele, “Gil, Amigos & Conversas” e realmente achei sensacional! Vi que ele veio à Niterói para se apresentar no Réveillon de 2019 pra 2020 e foi um sucesso! Ainda teve também um encontro dele com Rita Lee, recentemente, no programa da filha Bela Gil, “Refazenda”, na GNT. Poços de sabedoria, ambos!
Já com Ney foi diferente! A apresentadora e arte educadora, cantora e compositora Bia Bedran me levou a um ensaio do Grupo Hombu, do qual ela participava e o Ney era o iluminador. Bia já me conhecia e teve a idéia de me levar lá já que eu escrevia num jornal de bairro. Teve a iluminação de me colocar, aos 16 anos e com voz de criança, na frente do Ney. Resgatei esse hilário registro da minha pré-história (não reparem, eu era amador e o ano, 1991!) e o Pop Fantasma, site do Ricardo Schott, fez a matéria abaixo. Curioso como Ney me tratava como um jornalista profissional e adulto, um gentleman, mesmo com perguntas espinhosas. Aquilo ali foi uma aula eterna pra mim! Vejam só clicando aqui:
Toda uma vida aconteceu depois, trabalhei na PolyGram e conheci João Mário (MP,B) em produções de discos dele, fizemos uma foto (que está na galeria deste site) em uma livraria em Ipanema; descobri que ele gosta de um artista que lançamos (Luis Capucho) e acabei o encontrando na festa de 20 anos do selo em 2019, por acaso, no Club Manouche. Uma grata surpresa! Vida longa ao Gil, ao Ney e aos encontros musicais e artísticos da vida!
E até a próxima viagem, amigos!