Cada vez mais os cantores, compositores e bandas fazem mais coisas no mundo da música além de arte musical. Cuidam de suas próprias carreiras em conjunto com produtores, assistentes e parceiros; analisam dados e projetam ações de marketing. Pelo menos no meu entendimento de music business e showbis, mesmo sendo você Beatles ou Elis Regina… não se comporte como tal!
Evite as armadilhas do ego. Evite achar que todo selo, produtora ou major que você integra enquanto artista novo está à sua total disposição. Valorize o esforço e o tempo, a aposta de um label manager em você. Ou compre um label service, ainda assim respeitando as visões de mercado do mesmo. Se você ainda não está maduro pro mercado, está em processo de crescimento, será visto como arrogância disfarçada, espertinho, etc. Isso adianta uma certa “antipatia” automática por você no mercado, como pessoa e artista, já que será notado este comportamento.
Muita gente no Brasil é genial, em todos os tempos, em vários setores desta indústria – ou mesmo deste mercado, incluindo (e principalmente!) o underground. As pessoas são múltiplas! Muitos geniais se foram antes de provar ou usando pouco de sua genialidade, outros jamais serão reconhecidos pela sua genialidade profissional, pois não tiveram espaço pra desabrochar. Alguns são reconhecidos, mas lutam pra não deixarem de ser. E tem muita musica no mundo, gente de alta qualidade criando, tocando, transformando idéia em conteúdo musical. Por isso é difícil interagir sem ferir egos, sem melindrar interesses e sem perder o viés artístico – que esta em primeiro lugar!
Muita gente fica chateada com comentários como esse, que motivaram meu texto. Por motivos como este, até discussões com artistas que já passaram pelos nossos cuidados já tivemos. Ao longo de duas décadas! Ou seja: não vai mudar, mas nós (produtores, labels) devemos alertar vocês, artistas e músicos, desta realidade que nos cerca!